No deserto hostil vivia uma rainha,
De certo, o deserto a possuía,
Mas a quem governava essa donzela,
Se estéril era a terra vazia?
Por luas e luas, ao longe a buscar,
Sob o sol ardente, sua sombra a encontrar,
Mas não me diga por onde olhar,
Pois já não quero mais achar.
Seus olhos, profundos, da cor do céu,
Me fitam de longe, querendo chegar,
Mas rezo em silêncio, que não se aproxime,
Pois minha alma preciso zelar.
Seu abraço é um laço, quente e envolvente,
Mas dele jamais se vai escapar,
Se aos seus seios o peito encostar,
Sua vida inteira irá entregar.
No deserto há uma rainha,
Mas o deserto não a possui,
Ela governa tudo e todos,
Com seu manto que ao sol reluz.
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